IV-Reabilitação
O que são cuidados paliativos?
“Cuidado Paliativo (CP) é uma abordagem que promove a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares perante as doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas, físicos, psicológicos e espirituais”. Este conceito pode trazer certa dificuldade de entendimento, por grande parte dos profissionais da saúde, que confundem doença em progressão ou em fase final da vida, porém os CP devem ser entendidos como apropriados para qualquer idade ou fase da doença, inclusive em doenças crônicas de difícil controle e, podem ser oferecidos, também, na fase do tratamento curativo.
O objetivo do cuidado paliativo é antecipar, prevenir e reduzir o sofrimento do paciente e seus familiares e manter a melhor qualidade de vida independente do estágio da doença ou da necessidade de outros tratamentos. Por isso, pode-se ou deve-se iniciar no momento do diagnóstico e se torna o foco principal do cuidado quando os tratamentos dirigidos à doença que prolongam a vida não são mais efetivos, apropriados ou desejados.
- Fornecer alívio da dor e de outros sintomas como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas;
- Reafirmar vida e morte como processos naturais;
- Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente;
- Não apressar ou adiar a morte;
- Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente;
- Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte;
- Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.
Como funciona a medicina integrativa?
Os princípios da Medicina Integrativa envolvem a noção de parceria entre terapeuta e paciente, a consideração de todos os fatores que influenciam a saúde, o bem-estar e a doença, incluindo mente, espírito, corpo e a comunidade, na qual ambos estão inseridos. Prevê, assim, a utilização de métodos convencionais e complementares que potencializem a capacidade natural de cura do paciente, dando preferência ao uso de intervenções menos invasivas sempre que possível.
O painel de especialistas da Sociedade Americana de Oncologia Clínica endossou as diretrizes da Sociedade de Oncologia Integrativa, concluindo que são claras, completas e baseadas em evidências científicas.
As principais recomendações incluem o seguinte:
Musicoterapia, meditação, controle do estresse e ioga são recomendados para reduzir a ansiedade / estresse., transtornos de depressão / humor. e para melhorar a qualidade de vid;
A acupressão e a acupuntura são recomendadas para reduzir náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia;
Nenhuma evidência forte apoia o uso de suplementos alimentares ingeridos para gerenciar os efeitos adversos relacionados ao tratamento do câncer de mama.
O que é acupressão?
Usada há milhares de anos na China, a acupressão é baseada nos mesmos princípios da acupuntura para promover relaxamento e bem-estar e tratar doenças. Shiatsu é uma forma japonesa de acupuntura.
A teoria médica chinesa tradicional descreve os meridianos, canais invisíveis do corpo que carregam energia chamada qi (ch'i). Eles começam na ponta dos dedos e se conectam ao seu cérebro e depois a um órgão ou redes de órgãos para criar um sistema de comunicação. Quando um desses meridianos está bloqueado ou desequilibrado, você fica doente. A acupressão usa pontos específicos ao longo desses meridianos para ajudar a restaurar o equilíbrio.
O que é apoio espiritual?
O alívio de sintomas e efeitos colaterais é uma parte importante do tratamento chamado cuidados paliativos ou cuidados de suporte. O apoio espiritual é um tipo de cuidado paliativo. Pode ajudar com algumas preocupações e perguntas, que você e seus entes queridos, têm durante o câncer e o tratamento.
Qual a associação de câncer de mama e depressão?
A descoberta de uma doença nunca é algo fácil. No caso do câncer de mama, para muitas pacientes, o impacto psicológico pode desencadear a depressão. A ocorrência da depressão nesses casos é comum, apesar de não ser frequentemente diagnosticada. “É um desafio diferenciar o que caracteriza um quadro de depressão instalado de uma tristeza ‘normal’, pois uma coisa é a pessoa estar triste e abatida e tentar superar, e outra é a depressão (tristeza e apatia) mais duradoura e persistente”,
Para entender melhor como a depressão se caracteriza, é importante saber que ela gera sintomas biológicos e psíquicos espontâneos, aparentemente desproporcionais em intensidade e duração aos acontecimentos que os provocaram. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM – V), caracteriza-se como depressão pelo menos cinco ou mais dos seguintes sintomas persistentes por mais de duas semanas:
- Humor deprimido na maioria dos dias;
- Perda ou ganho de peso sem estar de dieta;
- Aumento ou diminuição do apetite;
- Insônia ou outros distúrbios do sono;
- Fadiga e perda de energia;
- Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;
- Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se ou indecisão;
- Preocupação com a morte e ideação suicida;
- Dificuldade de concentração;
- Crises de choro.
Existem diferentes tipos de tratamento da depressão, que ajudam a atenuar os efeitos da doença, inclusive, em pacientes com câncer. As principais possibilidades de tratamento são:
- Medicamentos (geralmente antidepressivos);
- Psicoeducação (discussão conjunta sobre os efeitos colaterais e expectativas de tratamento);
- Psicoterapia desde o diagnóstico, pois o controle da depressão ajuda o paciente com câncer administrar melhor a doença;
- O objetivo principal da terapia é despertar no paciente o enfrentamento da doença e no desenvolvimento das habilidades na resolução de problemas;
- As técnicas da Terapia Cognitiva Comportamental são indicadas;
- Grupos de apoio apresentam bons resultados aos pacientes com câncer que apresentam depressão.
O apoio de pessoas próximas e algumas atividades também podem ser fundamentais para complementar o tratamento.
- Atividade física é essencial, pois essa prática facilita a liberação de hormônios que aumentam a sensação de bem-estar e disposição;
- Psicoterapia para auxiliar na recuperação da autoestima;
- Apoio familiar e dos amigos são imprescindíveis nesse momento;
- Se possível continuar com a vida profissional;
- Dança, arte terapia e atividades lúdicas, são aliadas nesse processo;
- Alimentação o mais saudável possível.
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