Quais os possíveis efeitos colaterais?
Os anticorpos monoclonais são administrados por via intravenosa. Como os anticorpos são proteínas, isso pode, algumas vezes, provocar uma reação alérgica. Entretanto essa reação é mais comum de ocorrer na primeira dose do tratamento. Os possíveis efeitos colaterais podem incluir: Febre, Calafrios, Fraqueza, Dor de cabeça, Náusea, Vômitos, Diarreia, Diminuição da pressão sanguínea e Erupções cutâneas.
Em comparação com os medicamentos quimioterápicos os anticorpos monoclonais tendem a ter menos efeitos colaterais graves
O que é o OLAPARIBE?
O OLAPARIBE é um medicamento da classe dos inibidores de PARP, um dos tipos de “terapia alvo” em oncologia. Conceitualmente, este tipo de tratamento tem o objetivo de inibir pontos específicos que levam ao crescimento da célula tumoral, gerando menos efeitos nas células normais e, consequentemente, menos eventos nocivos. A PARP é uma enzima presente em todas as células do organismo. Sua função é promover reparo dos danos que vão ocorrendo no DNA no decorrer do tempo. Através do OLAPARIBE é possível impedir que estes reparos aconteçam na célula cancerígena, levando à sua morte.
O OLAPARIBE tem maior efeito nas pacientes que apresentam uma mutação genética hereditária chamada BRCA, que pode ser passada de pais para filhos. Este gene também é responsável pelo reparo do DNA nas células normais, e quando ele é ausente ou mutado, o(a) paciente tem maior predisposição a desenvolver alguns tumores, incluindo câncer de mama. A associação de mutação no BRCA + OLAPARIBE causa múltiplos defeitos no DNA e consequente morte das células tumorais.
O OLAPARIBE está aprovado no Brasil para pacientes com câncer de mama com metástases, que sejam HER2 negativas, já previamente tratadas com algum tipo de quimioterapia e hormonioterapia no decorrer da doença e que tenham mutação no gene BRCA germinativa (ou seja, hereditária).
O que são bifosfonatos e sua utilização no tratamento do câncer de mama?
Os bifosfonatos adjuvantes reduzem a recorrência óssea e melhoram a sobrevida em pacientes na pós-menopausa com câncer de mama não metastático. Eles estão indicados em caso de metástases ósseas, mas há estudos sugerindo que seu uso adjuvante reduz o risco de disseminação da doença.
O benefício absoluto é maior em pacientes com maior risco de recorrência e quase todos os estudos foram realizados em pacientes que também receberam terapia sistêmica. A maioria dos estudos avaliou o Ácido Zoledrônico e os dados são extremamente limitados para outros bifosfonatos. Embora o Denosumab reduza as fraturas, ainda são necessários dados de sobrevida, a longo prazo.
Os fatores de risco para osteonecrose da mandíbula e insuficiência renal devem ser avaliados, e quaisquer problemas de saúde bucal ou dentária pendentes devem ser tratados antes do início do tratamento.
Como avaliar a resposta terapêutica?
Pacientes em tratamento paliativo devem ser monitorizados com exames de imagem (TC preferencialmente) para avaliação da resposta terapêutica nos sítios de doença a cada 6-12 semanas de tratamento com quimioterapia ou hormonioterapia.
Em caso de doença estável ou resposta terapêutica, preconiza-se um total de 6-8 ciclos conforme a tolerância ao tratamento. Contudo, não há dado comprovado que defina o número de ciclos de quimioterapia a ser utilizado. Alguns autores sugerem a manutenção do tratamento, enquanto houver benefício, respeitando-se a toxicidade, porém não há dados que justifiquem o tratamento de manutenção com melhora da sobrevida global.
Pacientes sob hormonioterapia devem receber tratamento até a progressão da doença. Marcadores tumorais não são preconizados para avaliação de resposta. Pacientes em uso de quimioterapia ou hormonioterapia prévia devem ser monitorados com exame clínico.
Como é o acompanhamento após o tratamento?
O exame físico deve ser realizado a cada 3 a 6 meses para os primeiros três anos, a cada 6 a 12 meses para os seguintes 4 e 5 anos, e depois, anualmente.
Para as mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora da mama, a mamografia pós-tratamento deve ser obtida um ano após a mamografia inicial e pelo menos 6 meses após a conclusão da radioterapia.
As pacientes em uso de Tamoxifeno devem realizar exame ginecológico anual e complementar com ultrassonografia transvaginal anual, se tiver útero.
Pacientes em uso de inibidores da aromatase devem realizar densitometria óssea anual
O uso de hemograma completo, dosagens bioquímicas séricas, cintilografia óssea, radiografia de tórax, US abdominal, TC, RM, PET-CT ou marcadores tumorais não é preconizado para acompanhamento de rotina em um paciente assintomático, sem achados específicos no exame clínico.
Pacientes com doença metastática devem ser acompanhados por exame de imagem nos sítios de doença a cada 3-6 meses, ou conforme necessidade clínica ou evidência de progressão.
Qual a taxa de sobrevida para Câncer de Mama?
As taxas de sobrevida são utilizadas pelos médicos como uma forma padronizada de discussão do prognóstico de um paciente. Elas não podem predizer o quanto cada paciente viverá, mas podem ajudar a dar uma melhor ideia do prognóstico.
A taxa de sobrevida em 5 anos se refere à porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença. Não obstante, muitas pessoas vivem muito mais tempo do que 5 anos e muitas são curadas.
As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores de um grande número de pessoas que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de uma paciente. Existem limitações a serem consideradas:
As taxas de sobrevida em 5 anos são calculadas com base nos pacientes tratadas pelo menos há 5 anos. Entretanto, recentes melhorias terapêuticas podem resultar em um prognóstico mais favorável para as pacientes que estão sendo agora diagnosticadas com câncer de mama.
A taxa de sobrevida relativa em 5 anos para mulheres com câncer de mama estágio 0 ou estágio I é perto de 100%.
Para mulheres com câncer de mama estágio II, a taxa de sobrevida relativa em 5 anos é 93%.
A taxa de sobrevida relativa em 5 anos para câncer de mama estágio III é de 72%. Mas muitas vezes, as mulheres com esses cânceres de mama podem ser tratadas com sucesso.
Os cânceres de mama, que se disseminaram para outros órgãos, são mais difíceis de serem tratados, e tendem a ter um pior prognóstico. Os cânceres de mama metastáticos ou em estágio IV têm uma taxa de sobrevida relativa de 22% em 5 anos. Ainda assim, existem muitas opções de tratamento disponíveis para mulheres com câncer de mama, neste estágio.
Essas taxas de sobrevida são apenas estimativas, não podem prever o que acontecerá no caso específico de cada paciente. Somente seu médico pode dizer se os números se aplicam ao seu caso.
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