O que é Ki-67?
É um teste que mede a taxa de proliferação das células malignas. Tumores com taxa igual ou menor que 14% possuem crescimento lento e igual, ou acima de 30%, representam alta taxa de crescimento.
A análise imunoistoquímica pode contar com outros exames, como receptor de andrógeno, proteínas de reparo do DNA, oncogenes etc.
Como é classificação molecular do câncer de mama?
Através da análise dos marcadores de receptor de estrogênio, receptor de progesterona, oncoproteína HER2 / c-erbB-2 e antígeno Ki-67 é possível definir um dos quatro perfis moleculares do carcinoma de mama: Luminal A, Luminal B, HER2 ou Basal/ Triplo negativo. Esta definição tem valor preditivo, uma vez que auxilia na escolha do tratamento mais adequado.
Esses subgrupos tumorais apresentam similaridades e diferenças, tanto em expressão de genes, como em ritmo de crescimento, vias de sinalização, composição celular, prognóstico e sensibilidade à terapêutica.
Luminal A
É forma tumoral com origem em células epiteliais diferenciadas dos lúmens ducto-lobulares, tipicamente com presença de RE (receptor de estrogênio) e RP (receptor de progesterona) em grande quantidade de células, e ausência de HER-2. Corresponde a cerca de 30 a 40% dos casos. A avaliação de Ki 67 evidencia baixa taxa de proliferação (<14%). São tumores bastante sensíveis à hormonioterapia.
Luminal B
Também se originam em células epiteliais luminais ricas em RE. Os RP, por seu lado, podem estar presentes tanto em alta como em baixa proporção de células. A proteína do oncogene HER-2 pode ser detectada e o ritmo de proliferação avaliado pelo Ki 67 é mais elevado (>14%). Este tumor também é sensível à hormonioterapia e o Trastuzumab pode ser empregado com sucesso, se for HER-2 positivo. O subtipo luminal B corresponde a cerca de 20 a 30% dos carcinomas de mama.
Superexpressor de HER-2
Em média, são deste subtipo de 15 a 20% dos casos. O oncogene HER-2 está superexpresso por amplificação gênica. Em sua evolução natural classicamente está associado a prognóstico ruim, panorama que foi mudado com a introdução da terapia-alvo anti-HER-2, pelo Trastuzumab ou Pertuzumab combinados com quimioterapia. Na maioria, estes tumores são RE negativos.
Basaloide
Estima-se, também, que de 15 a 20% dos carcinomas de mama sejam basaloides. São lesões pouco diferenciadas ou indiferenciadas (geralmente GIII), com alta taxa de proliferação. Na maior parte (80%), são tumores triplo-negativos por reação imunoistoquímica, com negatividade de RE, RP e HER-2; entretanto, definitivamente, os termos basaloide e triplo-negativo não são sinônimos: o primeiro é definido por expressão gênica em microarray de DNA, e o segundo, por critério imunoistoquímico. O painel de marcadores proposto. para a classificação do tipo basal, seria a ausência de expressão de RE, RP e HER2, expressão de citoqueratinas de alto peso molecular/basais, CK5/6, 14 ou 17, e expressão de EGFR (HER-1).
Classificação molecular do câncer de mama
O que é biópsia líquida?
A denominação “líquida” é proveniente da técnica: a coleta, nesse caso, é de fluídos corporais, entre saliva, urina e líquido cefalorraquidiano (fluído cérebro espinhal), mas principalmente a de sangue. .Procedimento inovador, a biópsia líquida tem esse nome porque executa, em algumas circunstâncias, uma função similar a uma biópsia tradicional: definir características moleculares do câncer e monitorar sua evolução, porém com o benefício de não submeter o paciente a um procedimento invasivo, como nas biópsias tradicionais, que consistem na retirada de parte do tumor, para posterior análise laboratorial.
Porém, na realidade, com a biópsia tradicional, se busca receber um laudo para descobrir a existência de célula cancerosa na região, e com a líquida, descobre-se os tipos de mutações genéticas que estão presentes nas células do câncer.
Quais são seus benefícios?
O exame por meio do sangue é possível, pois os tumores deixam “rastros” na corrente sanguínea, como é o caso das células tumorais circulantes (CTCs), frações de DNA tumoral circulante (ctDNA) e outras estruturas microscópicas que auxiliam os médicos a compreender o subtipo e características do câncer.
Os níveis de ctDNA variam de acordo com diversos fatores, como tipo do câncer, localização do tumor, vascularização e rotatividade celular. De acordo com estudo recente, a maioria dos pacientes em estágio 3 e 4 (também conhecido como metastático) de cânceres de fígado, ovários, cólon, estômago, mama, esôfago, pâncreas, bexiga e cabeça e pescoço e melanoma têm níveis de ctDNA detectáveis.
Além de auxiliar na genotipagem (análise dos genes) de cânceres sólidos de uma forma minimamente invasiva, a biópsia líquida também permite rastrear a progressão ou diminuição do tumor, traçando um perfil molecular do mesmo, e ajuda a descobrir a iminência da resistência, à certo medicamento. Desse modo, o acompanhamento do quadro do paciente, é muito mais eficaz.
A biópsia líquida se faz pertinente na medida em que detecta mecanismos de resistência primária e adquirida à tratamentos. O ctDNA pode ser explorado para monitorar a evolução clonal e identificar mecanismos heterogêneos de resistência, aos medicamentos.
Assim, o procedimento possibilita que os médicos monitorem se o câncer está reagindo como o esperado à uma terapia, por meio das CTCs. Com as frações de DNA tumoral circulante, o profissional consegue compreender quais foram as mutações genéticas que aconteceram. Portanto, a terapia é melhor direcionada, tornando-se mais efetiva.
No futuro, esperamos usar a biópsia líquida para rastrear pacientes e aumentar o diagnóstico precoce.
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