O que é estadiamento do Câncer de Mama?
O estadiamento procura avaliar a extensão do câncer para ajudar a definir seu prognóstico. Para isso, os médicos realizam exames locais, nas pacientes, para verificar a extensão do câncer, bem como exames em outros órgãos, para avaliar a presença ou não de metástases à distância. Internacionalmente, utiliza-se a convenção do TNM da União Internacional contra o Câncer – UICC.
Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico da paciente.
Como é o sistema de Estadiamento TNM?
O sistema de estadiamento utilizado, para o câncer de mama, é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer. O sistema TNM utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os linfonodos regionais ao redor do tumor, e se o tumor se disseminou para outras partes do corpo.
TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):
T. Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas.
N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais, ou se há evidência de metástases em trânsito.
M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Tumor. Pelo sistema TNM, o T acompanhado de um número (0 a 4) é usado para descrever o tumor primário, particularmente o seu tamanho.
Linfonodo. O N no sistema TNM representa os linfonodos regionais, e é atribuído a ele um número (0 a 3), que indica se a doença disseminou para os gânglios linfáticos.
Metástase. O M no sistema TNM indica se a doença se disseminou para outras partes do corpo.
Como é o estadiamento clínico?
O câncer de mama é dividido em quatro estágios (ou estádios), conforme a extensão da doença:
Estágio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos ou lóbulos (in situ).
Estágio I: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento dos linfonodos axilares.
Estágio II: tumor entre 2 e 5 cm, com comprometimento dos linfonodos axilares.
Estágio III: nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como, os linfonodos axilares. Ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo.
Estágio IV: tumores de qualquer tamanho com metástases, geralmente há comprometimento dos gânglios linfáticas.
Como é a avaliação anatomopatológica?
O exame anatomopatológico nos informa o tamanho do tumor, tipo histológico, grau de diferenciação e permite avaliação imunoistoquímica.
O que é grau de diferenciação?
O grau é avaliado por três critérios: grau nuclear, número de mitoses e formação de túbulos.
Grau 1: As células do tumor são bem diferenciadas, isto é, essas células são bastante parecidas com as células normais e não estão crescendo rapidamente.
Grau 2: As células do tumor são moderadamente diferenciadas das células normais (possuem grau de agressividade intermediária).
Grau 3: As células do tumor são pouco diferenciadas, isto é, não possuem as mesmas características das células normais e tendem a crescer e se disseminar de modo mais agressivo.
O que é a análise imunoistoquímica do tumor?
A expressão das proteínas reflete a atividade genética das células. No exame da imunoistoquímica as proteínas das células são analisadas, bem como sua quantidade e características. Isso é essencial para determinar a estratégia de tratamento para o combate ao câncer de mama. O exame determina Receptores hormonais, Her-2 e Ki 67.
O que são receptores hormonais?
Os receptores são proteínas localizadas nas células e, quando ativados, desencadeiam alguma ação biológica. As células normais, e algumas células cancerígenas da mama, tem receptores que se ligam ao estrogênio e à progesterona e dependem desses hormônios para crescer. As células cancerígenas da mama podem ter apenas um, ambos receptores ou nenhum deles.
Receptor de Estrogênio Positivo. Os cânceres de mama com receptores de estrogênio são denominados ER+.
Receptor de Progesterona Positivo. Os cânceres de mama com receptores de progesterona são denominados PR+.
Qual a importância do Receptor Hormonal?
Certos medicamentos são usados para tratar os cânceres de mama que têm um ou ambos receptores hormonais. A maioria dos tipos de terapia hormonal para câncer de mama reduz os níveis de estrogênio ou impede o estrogênio de atuar sobre as células cancerígenas. Este tipo de tratamento é útil para o câncer de mama receptor hormonal positivo, mas não funciona em tumores receptores hormonais negativos (ER- e PR-).
Todos os cânceres de mama invasivos devem ser avaliados para ambos os receptores hormonais, seja na amostra da biópsia por agulha ou quando o tumor é removido cirurgicamente. Cerca de 67% dos cânceres de mama têm pelo menos um desses receptores. Esta porcentagem é maior em mulheres mais velhas, do que em mulheres mais jovens.
Câncer de Mama Receptor de Hormônio Positivo. As células de câncer de mama receptor hormonal positivo têm ER+ ou PR+. Estes cânceres podem ser tratados com terapia hormonal que reduzem os níveis de estrogênio ou bloqueiam os receptores de estrogênio. Isso inclui os cânceres que são ER- mas PR+. As mulheres com câncer hormônio receptor positivo tendem a ter um melhor prognóstico a curto prazo, mas esses cânceres às vezes, podem recidivar muitos anos após o tratamento. Os cânceres com receptores hormonais positivos são mais comuns após a menopausa.
Câncer de Mama Receptor de Hormônio Negativo. Os cânceres de mama com receptores hormonais negativos não têm receptores de estrogênio nem de progesterona. O tratamento com terapia hormonal não é útil para esses tipos de câncer. Esses cânceres tendem a crescer mais rápido do que os cânceres receptores hormonais positivos. Os cânceres receptores hormonais negativos são mais comuns em mulheres que ainda não chegaram à menopausa.
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