Quais são as recomendações para rastreamento?
Mulheres de baixo risco:
Mulheres de baixo risco não tem histórico pessoal, familiar de câncer de mama ou lesões precursoras (Hiperplasias atípicas), sem mutação genética conhecida e não fez radioterapia prévia na região do tórax antes dos 30 anos.
Rastreamento anual entre 40 e 74 anos de idade, se possível, com mamografia com técnica digital. Acima de 75 anos, deve-se considerar a expectativa de vida. Ultrassonografia e ressonância devem ser exames complementares à mamografia.
Mulheres de alto risco:
Mulheres portadoras de uma mutação no gene BRCA1 ou BRCA2, têm parente de primeiro grau (pai, irmão, irmã) com uma mutação do gene BRCA1 ou BRCA2, fizeram radioterapia prévia na região do tórax entre 10 e 30 anos de idade, têm síndrome de Li-Fraumeni, síndrome de Cowden ou parentes de primeiro grau com uma dessas síndromes.
Iniciar mamografia, se possível digital, aos 30 anos, realizando anualmente. Intercalar a cada 6 meses com ressonância magnética. Recomenda-se associar a ultrassonografia
Situações especiais
Mulheres de baixo risco abaixo de 40 anos
Não existe recomendação para rastreamento em mulheres de baixo risco. Primeiramente pelo risco extremamente baixo de se diagnosticar câncer de mama nesta faixa etária. Associa-se a isso, a baixa acurácia deste exame em mulheres jovens, determinando um número elevado de imagens adicionais e exames complementares.
Mulheres de baixo risco acima de 75 anos
Não existe consenso entre o limite da idade de rastreamento, nem o intervalo ideal, porém sabe-se que a idade é o principal fator de risco para desenvolvimento de câncer de mama, apresentando um crescimento exponencial após os 60 anos. Ao se determinar a indicação de rastreamento, deve-se considerar a expectativa de vida, as doenças associadas e os riscos de morte pelo câncer.
O artigo “Revisão mundial e metanálise de estudos de coorte que medem o efeito dos programas de rastreamento mamográfico, baseados em incidência, sobre a mortalidade por câncer de mama,” publicado na revista Cancer em 2020, concluiu:
Os programas de rastreamento mamográfico estão associados a até 33% de redução de mortalidade por câncer de mama, com base na incidência, de acordo com uma metanálise de estudos, em todo o mundo.
Os resultados indicam uma redução substancial na mortalidade por câncer de mama em programas de rastreamento baseados em mamografia.
O rastreamento do câncer de mama, no ambiente de rotina de saúde, continua a conferir uma redução substancial na mortalidade por câncer de mama
Como é feito o diagnóstico?
É importante que a mulher tenha o costume de observar e conhecer seu corpo, para que possa identificar qualquer alteração nas mamas. O autoexame é uma ferramenta fundamental para conhecer a mama. Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres, que têm câncer, podem ser assintomáticas.
A lesão subclínica, não palpável, só é detectada pelos métodos de imagem. No exame clínico se percebe, com a palpação, a lesão sólida, dura, pouco móvel e parcialmente aderida aos planos profundos ou à pele e pode estar associada a gânglios aumentados no prolongamento axilar. Se é uma lesão que cresceu muito, pode se apresentar ulcerada, ou edemaciada (casca de laranja) ou sob a forma de inflamação. Algumas vezes, pode apenas haver vermelhidão, coceira e descamação junto à aréola e à papila (doença de Paget). Outros sintomas são: retração da pele, inversão e saída de secreção pela papila, que pode ser sanguinolenta ou em água de rocha.
Tumor mamário palpável
Mamografia
A mamografia pode diagnosticar o câncer em estágio inicial, antes mesmo que um nódulo possa ser sentido à palpação, quando o tratamento pode ser mais bem sucedido.
Na mamografia, a lesão aparece bem definida. Ela se apresenta com uma densidade maior que o restante do tecido. Pode estar também associada a microcalcificações ou ter contornos pouco nítidos. São lesões espiculadas e com um centro bem denso.
Se a mulher tem implantes mamários, pode e deve fazer a mamografia, mas será necessária a realização de imagens adicionais para que o médico possa visualizar o máximo possível do tecido mamário.
A tomossíntese mamária, uma tomografia de campo limitado, adicionada a técnica mamográfica surge como opção de imagem da mama que elimina a sobreposição de tecidos. Na tomossíntese múltiplas projeções são obtidas, enquanto o raio emitido pela fonte segue uma angulação semicircular pré-definida; a angulação utilizada varia de acordo com o fabricante; as projeções obtidas (cortes) ainda podem ser reconstruídas numa imagem mamográfica sintetizada, dependendo do modelo do “software”. A dose de radiação do método associada a mamografia digital, ambas realizadas em tempo único, não excede a dose glandular média de segurança. Um monitor de trabalho (workstation) permite visualizar as imagens produzidas corte a corte, além da comparação destas imagens entre si: a mamografia 2D, a tomossíntese e a mamografia sintetizada aprimorando a qualidade do laudo
Nódulo espiculado
Microcalcificações pleomórficas agrupadas
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