Como é a quimioterapia antineoplásica?

As drogas de quimioterapia impedem o processo de crescimento e de divisão das células cancerígenas. A quimioterapia, como a radioterapia, pode afetar as células saudáveis. Isto pode causar efeitos colaterais. Alguns efeitos colaterais comuns incluem náusea, vômitos, sensação de cansaço (chamado de fadiga) e diminuição do número de células no sangue. Estes efeitos colaterais desaparecerão quando as células normais e saudáveis voltem a se desenvolver. A quimioterapia se aplica, principalmente, de duas formas:

• Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada pela veia, com a colocação de uma agulha sob seu braço ou um cateter em veia central. Os cateteres venosos centrais (CVC) também denominados dispositivos de acesso venoso central são usados para a administração de medicamentos, nutrientes ou líquidos diretamente na corrente sanguínea. Os dois tipos mais comuns são o port-a-cath e o cateter venoso central de inserção periférica (PICC).

Port-a-cath

• Via oral (pela boca): você toma um comprimido que contém o remédio quimioterápico.

A quimioterapia pode ser usada após a cirurgia para matar as células de câncer que ainda permanecerem em seu corpo. Uma mulher que faz tratamento de quimioterapia para câncer da mama geralmente toma um ou mais medicamentos quimioterápicos combinados. A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso. Mesmo que você não sinta qualquer mal-estar, as aplicações do medicamento não devem ser suspensas. A duração do tratamento dependerá da indicação. Na terapia adjuvante e na pré-operatória duram, em média, seis meses. Nos casos de doença metastática (tratamento paliativo) tende a ser longa, podendo mudar os medicamentos de acordo com a resposta e evolução da doença.

Quais os esquemas de quimioterapia mais comuns para câncer de mama?

Na quimioterapia neoadjuvante ou pré-operatória o esquema mais utilizado é a associação de Antraciclina (Doxorubicina ou Epirubicina) e Ciclofosfamida por 4 ciclos, seguida por 12 ciclos semanais de Paclitaxel. Nos tumores HER2 positivos há a associação de um duplo bloqueio com os anticorpos monoclonais Trastuzumab e Pertuzumab. Nos tumores triplo negativos pode-se utilizar um esquema de poliquimioterapia, que contenha Platina.

Na quimioterapia adjuvante (pós-operatória) os esquemas de poliquimioterapia contém Antraciclina, Ciclofosfamida, 5-Fluorouracil e Taxane (Paclitaxel ou Taxotere). Nos tumores HER2 positivos, associa-se os anticorpos monoclonais (trastuzumab e pertuzumab) por 12 meses. Capecitabina ou T-DM1 podem ser usadas por 6 meses, como adjuvante, após a terapia neoadjuvante, que não tenha havido resposta patológica completa.

Na quimioterapia paliativa, da doença metastática, todas estas drogas podem ser utilizadas, além de outros anticorpos monoclonais e imunoterapia. O critério será baseado no estado geral da paciente, extensão da doença e na resposta ao tratamento.

Como manejar a queda de cabelo durante a quimioterapia?

O efeito colateral mais temido pelas mulheres durante a quimioterapia é, sem dúvida, a perda do cabelo, que compromete diretamente a vaidade feminina. Alguns tratamentos de câncer farão com que você perca o cabelo, mas ele voltará a crescer.

Em alguns casos, a mulher fica com escassez de cabelo, mas não o perde totalmente. Algumas mulheres perdem o cabelo das sobrancelhas, cílios, região genital e de outras partes do corpo. A quantidade de cabelo que você perderá vai depender das drogas quimioterápicas adotadas, a quantidade e por quanto tempo.

O que você pode fazer?

• Pense em cortar o seu cabelo curto antes que ele comece a cair.

• Escolha uma peruca antes de começar o tratamento ou logo no início do tratamento se você quer que combine com a cor e a textura de seu cabelo.

• Use um bonito chapéu, turbante ou lenço em vez de uma peruca.

• Use bloqueador solar para proteger a sua cabeça e couro cabeludo e use um chapéu no clima frio para manter a temperatura do corpo.

. Um tratamento tem mostrado eficácia para prevenir, pelo menos em alguns casos, que esse efeito colateral aconteça. Trata-se da terapia preventiva com touca térmica gelada, que é aplicada durante as sessões de quimioterapia, diminuindo o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e o protegendo durante o tratamento

touca térmica

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